Fogão solar é criado por alunas de Engenharia Ambiental

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Terça-feira, 22 de Novembro de 2016 às 11h14

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Energia renovável e a utilização de materiais recicláveis são termos comuns entre alunos e professores de Engenharia Ambiental. Então, já pensou uni-los e transformá-los em um fogão solar?

Foi isso que as alunas de Engenharia Ambiental, Maria das Dores Lopes e Deusdith Ramos, resolveram fazer depois de uma palestra com o Professor Johnson Pontes de Moura, que realiza trabalhos com radiação solar.

“A ideia central do projeto é substituir gradativamente o uso do GLP (gás de cozinha), porque ele é rico em dióxido de carbono e afeta as pessoas e contribui para o efeito estufa”, explica Maria.

Elas montaram dois tipos de fogão: o fogão solar parabólico e o fogão solar tipo caixa. O fogão solar parabólico foi construído a partir de peças que não iriam mais ser utilizadas de uma vidraçaria. Já o fogão tipo caixa foi produzido com o forno de um fogão tradicional e isopor para manter a temperatura. Ambos os fogões usam espelhos para a captar os raios solares.

“Se você consegue usar uma energia limpa, que não polui, por que não usar? Sabemos que ele não pode substituir fogão tradicional, afinal, é necessária a radiação, o sol, e não é todo tempo que temos essa condição disponível. Mas, por exemplo, na época do verão, o fogão parabólico pode ser utilizado para o churrasco do fim de semana, ao invés utilizar o carvão que gera mais gases”, destaca Deusdith.

Confira a montagem dos fogões no vídeo abaixo.

Como funciona o fogão solar parabólico?

No fogão solar parabólico é necessário que os raios solares batam diretamente nos espelhos e com a reflexão dos raios a temperatura é transferida para a chapa. Assim, o aquecimento possibilita a cocção dos alimentos.

Como funciona o fogão solar tipo caixa?

Fogão solar tipo caixão age parecido com o microondas, mas utiliza os raios solares em ondas dentro da caixa. A radiação entra e permanece dentro do fogão fazendo a cocção dos alimentos. O calor permanece nele por muito mais tempo que o parabólico.

O fogão solar não polui e não transmite toxinas para os alimentos. O processo de cozimento pode iniciar entre 40 a 60 graus, para isso o fogão precisa estar exposto ao sol pelo menos uns 10 minutos absorvendo o calor. Alguns experimentos mostraram que com 100 graus os alimentos já estavam assados.

Depois da faculdade, as alunas pretendem conseguir uma parceria com alguma empresa para levar e ensinar às comunidades como é feito um fogão solar. “Em muitas comunidades você vê que as pessoas possuem resíduos de antenas e não sabem descartar. Então, por que não usar para um fogão solar? Nós queremos levar o conhecimento para outras pessoas”, afirma Maria.

O trabalho é direcionado principalmente para famílias do interior, por que o valor de uma botija de gás é elevado e a radiação é gratuita e não existe poluição usando o fogão solar.

Confira mais fotos, clique aqui.