Na Semana da Luta da Pessoa com Deficiência, conheça histórias inspiradoras

  • Compartilhar
Terça-feira, 22 de Setembro de 2020 às 16h10

O dia 21 de setembro marca o início da Semana Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, uma data criada para conscientizar sobre a importância da inclusão das pessoas com deficiência (PcD) na sociedade. Nesta data tão especial, a UniNorte traz depoimentos de alunos e colaboradores que são exemplo de determinação e inspiram toda a comunidade acadêmica em lições diárias de respeito e inclusão.

Conquista

Acadêmico do curso de Fisioterapia, Robert Miranda Lopes considera que concluir a graduação foi a sua maior conquista. O aluno perdeu a visão em 2007, mas não desistiu de buscar o sonho do diploma. Com o apoio dos colegas, professores e de tutores especializados da UniNorte, Robert concluiu a graduação e se formará este ano como fisioterapeuta.

“Perdi a visão em 2007, aos 22 anos. Eu tinha apenas o 8º ano do ensino fundamental e só voltei a estudar em 2010. Em 2011, concluí o fundamental e em 2014 conquistei o ensino médio. No mesmo ano, fiz o Enem e conquistei a bolsa integral pelo Prouni para cursar Fisioterapia na UniNorte. Minha relação com meus professores e colegas sempre foi muito boa. Eles foram bastante receptivos e me ajudaram a diminuir as barreiras, que são muitas. Essas barreiras são tanto arquitetônicas quanto de atitude. Minha mãe me colocava no ônibus e eu ia sozinho para a faculdade, sempre contando com o auxílio de um colega para ir da parada à instituição. Na sala de aula e no estágio, os tutores me ajudaram a superar as dificuldades. São profissionais capacitados! Graças a todo esse trabalho, realizei minhas maiores conquistas e vou me formar esse ano como fisioterapeuta. No Dia da Luta da Pessoa com Deficiência, peço a todos que coloquem a mão na consciência, parem o preconceito e respeitem nossos direitos. Ser deficiente é sinônimo de ser competente!” – Robert

Determinação

A grande paixão da professora do curso de Educação Física, Wiviane Ferreira, sempre foi ensinar. Por isso, mesmo após perder uma perna em decorrência de um câncer, ela não teve dúvida: recuperou-se e voltou para a sala de aula. Encarando uma nova vida como PcD, Wiviane decidiu combinar a nova condição com o trabalho e passou a ministrar a disciplina de Educação Física Adaptada.

“Comecei a trabalhar na faculdade em 2005, mas já estou na UniNorte há 24 anos, desde quando ainda era o Colégio Objetivo. Em 2001, descobri um câncer de pele na minha perna esquerda e tive que amputá-la em 2006. Voltei para a sala de aula e nunca tive problemas em voltar a ensinar em Educação Física, nem com os colegas ou alunos, que sempre me respeitaram. Ministro a disciplina de Educação Física Adaptada, que tem tudo a ver comigo, então unimos o útil ao agradável. Além disso, também trabalho com crianças com deficiência. É o que eu gosto. Penso que posso contribuir muito para a formação dos alunos com minha experiência. Nós PcD existimos. Respeitem nossa vaga, nosso assento no ônibus, nosso espaço no trabalho. Após a amputação, eu quis continuar minha vida e trabalho, mas eu sabia que não seria a mesma de antes, seria uma vida adaptada. Mas eu estou viva e quero continuar exercendo minha profissão. Existem outras PcD que trabalham e querem seu espaço e respeito também. O maior desafio é a falta de respeito e empatia. Queremos ir e vir sem nenhuma barreira de preconceito.” – Wiviane